terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Arte na parede

Embora na década de 90 os CDs já fossem uma realidade, eu demorei muito a ter contato com eles. Além do rádio, meus primeiros passos na música devem muito ao LP (sim, a velha bolacha de vinil!) e à fita K7 (viva a pirataria!). A vitrola lá de casa tocava muita coisa, sobretudo os velhos discos de samba do meu pai.

Hoje, a vitrola já não existe mais e alguns (poucos) discos sobreviveram à ideia de minha mãe de jogá-los no lixo (não a culpo, mas perdi, por exemplo, um Abbey Road muito bem conservado e parte da coleção de história da MPB, lançada pela Abril Cultural em 1970).

Andei tirando alguns do armário e me deparei com belos encartes. Tive então a ideia de emoldurá-los e colocá-los na parede, um lugar muito mais nobre para esse tipo de arte que se perdeu.

O encarte abaixo, por exemplo, é do álbum duplo Retratos de Sinatra, lançada pela Reprise Records em 1980.

Embora não seja um fã de Sinatra, fiquei apaixonado pela ilustração do Vilmar. Vemos Sinatra em primeiro plano e ao fundo, nas arquibancadas do Maracanã, uma legião de brasileiros famosos e anônimos, reais e ficcionais (se é que é possível fazer essa diferenciação), um "carnaval" que expressa muito bem nossa brasilidade e o clima dos estádios de então.