Havia também sujeira; muitas pessoas na areia.
Eram tantos os olhares e eu lembrava, vendo aquele casal, da tarde naquela outra praia, onde fomos erguer nossos castelos. Tu amavas o mar, como eu, e desejavas, do fundo mais profundo da alma, que tudo ficasse bem. Não queríamos a sorte das coisas materiais, mas apreciávamos o macio colchão, no qual passávamos o tempo a olhar um para o outro.
E foi tão longo o tempo dessa exposição, que lá permanecemos; para não esquecermos quem éramos.
Vamos em frente. Há muito o que fazer, conhecer e admirar. Há muito com que se indignar. Mas vamos juntos. Sempre juntos; cada um, assim, na retina do outro...
Olhemo-nos, querida, olhemo-nos...