Cidade Minha
Nas tuas curvas andei
Ceifando o mato alto
Vi sopranos e contraltos
Contemplando tua fronte
Do alto de teus morros
Vi o homem
E o horizonte me deu sono
No teu colo dormi
Fui menino
Em tuas ruas
Senti frio
No estômago
A fome era cerrada, implacável, imbatível
Como a beleza de tuas meninas
Que por aí distraídas
Caminham pelo Leblon
Encantam a Rocinha
Cantam em Madureira
No jongo da Serrinha
Estranha cidade minha
Maravilha é te odiar
E amar-te mais ainda.
Rio, maio de 2007.
Um comentário:
Jorginho!
Acabei de ler essa também! Muito boa!
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