Ventos podem causar estragos, mas, às vezes, sacodem o pó de nossas memórias, revelando a verdade crua que permeia nossas vidas. Como instrumentos de revelação, os ventos são indispensáveis, porque nos elevam a alturas de onde as cores são mais claras, de onde é possível pensar em paz.
Passada a tempestade, de volta ao chão, é necessário então começar a agir.
Publico aqui, um desses ventos revolucionários, na forma de arte, do disco Malabaristas do sinal vermelho, do cantor e compositor João Bosco.
Malabaristas do sinal vermelho
Francisco Bosco e João Bosco
Daqui de cima da laje se vê a cidade
Como quem vê por um vidro o que escapa da mão
Uns exilados de um lado da realidade
Outros reféns sem resgate da própria tensão
Quando de noite as pupilas da pedra dilatam
Os anjos partem armados em bondes do mal
Penso naqueles que rezam e nesses que matam
Deus e o diabo disputam a terra do sal
Penso nos malabaristas do sinal vermelho
Que nos vidros fechados dos carros descobrem quem são
Uns, justiceiros, reclamam o seu quinhão
Outros pagam com a vida sua porção
Todos são excluídos da grande cidade
Uns, justiceiros, reclamam o seu quinhão
Outros pagam com a vida sua porção
Todos são excluídos da grande cidade
3 comentários:
Nossa! Sem comentários!
Lindo!
Abraços, mestre!
Fala, meu amigo! Tudo bem?
Acabei de fazer algumas atualizações no meu blog. Quando der, dá uma passadinha por lá.
Abração!
Grande mestre Jorge! Tudo bem?
Jorge, queremos atualizações e mais poesias! Afinal, você é o meu amigo de apelido Poeta.
Abração!
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